quarta-feira, 12 de março de 2008

1ª Face de uma moeda... "No Brasil, governo estuda dar incentivo em dinheiro para jovens pobres voltarem a estudar".

Governo estuda dar incentivo em dinheiro para jovens pobres voltarem a estudar.

Por Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
15/03/2007.

Brasília - O governo federal estuda a possibilidade de criar uma bolsa para estimular os jovens carentes de até 17 anos que estão fora da escola a voltar a estudar, informou hoje (15) o ministro da Educação, Fernando Haddad. Segundo ele, seria uma espécie de "Bolsa Família" para o jovem. Um valor seria depositado na conta bancária do próprio adolescente.

“A idéia é criar um mecanismo de indução à volta à escola”, explicou Haddad, durante a apresentação do Plano de Desenvolvimento da Educação, no Palácio do Planalto. As contrapartidas seriam a freqüência escolar e a não repetência, entre outras. Segundo o ministro, as discussões sobre a proposta estão sendo conduzidas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Para Haddad, o debate é importante, porque metade dos jovens de até 17 anos que estão fora de escola vem de famílias que vivem abaixo da linha da pobreza. Outro dado “dramático”, segundo Haddad, é que 30% das jovens entre 15 e 17 anos que não freqüentam a escola são mães. “É uma questão que precisa ser trabalhada, é um problema de juventude importante. O ProJovem não atende esse público, porque é destinado a faixa de 18 a 24 anos, então ficou uma lacuna que precisa ser preenchida.”

Haddad também demonstrou preocupação com os jovens de 18 a 24 anos que não concluíram o ensino fundamental e que, muitas vezes, não têm perspectiva de continuar os estudos. “Faço referência, por exemplo, à jovem população carcerária do Brasil, que não tem a menor condição, se nós não pensarmos um programa de educação dos presídios, para que essa população possa ter uma promoção na área de educação.”

Fonte: Agência Brasil (http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/03/15/materia.2007-03-15.5313979995/view), acessado em 12/03/2008.

Um comentário:

C. Machado (ICAT/DF) disse...

Bem, salvo melhor juízo, não sei ao certo se “dar” dinheiro ao jovem para que ele freqüente a escola é melhor solução... Mesmo porque, partindo desta mesma premissa, o aluno estaria sendo estimulado pelo ganho pecuniário, e não pelo interesse em aprender, o que, em última análise, poderia servir tão somente para construir uma “estatística” favorável apenas no que se refere à freqüência, e não ao aprendizado efetivo.

Não se deve olvidar que, pela proposta, não se premia o desempenho, o aprendizado, mas sim a simples freqüência.

Att.,

C. Machado.