domingo, 20 de abril de 2008

Uma Homenagem Sincera.

Não poderia deixar de registrar publicamente a minha satisfação em ter participado do curso de DES, pois a disciplina trouxe para mim, novamente, a sensação prazerosa de estar "construindo" conhecimento.

Ademais, tive a oportunidade de conhecer e admirar tanto a Professora Bethe quanto nossa querida Amélia, exemplos de dedicação e amor ao ensino. Por outro lado, tive a chance de conhecer novos amigos de futura cátedra, que contribuíram enormemente para o ótimo desempenho das aulas de DES. Quanto aos amigos de Processo Civil, como não seria diferente, a disciplina serviu para criar laços de amizade ainda maiores.

Um abraço a todos e fiquem com Deus!

Att.,

C. Machado.

Quanto às Expectativas Iniciais do Curso de DES.

Agora entendo claramente a iniciativa da Professora Beth em pedir que registrássemos, já na primeira aula, quais as nossas expectativas com o curso de Didática do Ensino Superior.

Além de o conteúdo da disciplina ter nos proporcionado ensinamentos quanto ao planejamento, à organização e execução de um plano de aula, percebo hoje que a minha expectativa inicial foi felizmente alcança.

Eu havia consignado em minhas anotações que tinha a pretensão de expor com clareza o conteúdo de eventual aula, bem como tentar ser criativo na forma expô-la, propiciando a interatividade com os alunos. Bem, com os comentários e elogios que nosso grupo recebeu, fico feliz em achar que consegui meu intento.

Att.,

C. Machado

sábado, 5 de abril de 2008

Resumo da Obra "Pedagogia da Autonomia", de Paulo Freire.


PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: Saberes Necessários à Prática Educativa.


Nesta magnífica obra, assim como as demais, o saudoso e consagrado autor Paulo Freire nos convoca a refletir, especialmente os que alimentam o interesse em ser um docente. Para tanto, de forma enfática nos esclarece que “ensinar não é transferir conhecimento”, mas sim possibilitar efetivamente a sua produção ou a sua construção.

Nesse contexto, há uma relação existencial precípua no processo de aprendizagem, corporificada na relação aluno/professor. Por isso mesmo, defende Paulo Freire que “não existe docência sem discente”, uma vez que a única razão de ser do professor é o próprio aluno, sem o que não teria função alguma.

Por outro lado, defende o Autor que ensinar exige uma “rigorosidade metódica” do docente, que não deixa escapar nenhum detalhe em seus discentes e que, como conseqüência, deve estimular no aluno a curiosidade e a capacidade crítica. Ensinar exige também “pesquisa”, pois não há ensino sem pesquisa e vice-versa.

Além disso, ensinar exige “respeito aos saberes dos discentes”, homenageando as suas historicidades, exige igualmente “criticidade”, em que há um esforço para “transformar” o ser ingênuo em ser crítico, no sentido de ser curioso, ensejando o fenômeno da aprendizagem.

Para Paulo Freire, ensinar também envolve o aspecto da “ética” e da “estética”, uma vez que ética e beleza andam trilham sempre juntas o mesmo caminho, sendo indissociáveis uma da outra. Nesse mesmo sentido, ensinar exige “dar vida às palavras” pelo exemplo, pois a assimilação é feita de forma rápida e consolidada.

Ensinar, segundo o Autor, exige “risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação”, exige também o “reconhecimento e a assunção da identidade cultural”, além de exigir a “consciência do inacabamento”, ou seja, de que nunca se está acabado, estando-se predisposto à mudança, ao novo, receptivo ao diferente.

Para Paulo Freire, “o que está condicionado, mas não determinado”. Assim, no processo de aprendizagem, passamos a ser sujeito e não apenas objeto da nossa história. O educador, nessa linha de raciocínio, não deve inibir ou dificultar a curiosidade dos alunos, ao revés, deve estimulá-la, pois dessa forma desenvolverá a sua própria curiosidade, sendo ela fundamental para a evolução do ensino.

Segundo o Autor, ensinar exige o “reconhecimento de ser condicionado”, exige “respeito à autonomia do aluno”, exige “bom senso”, exige “humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores”. Exige, por outro lado, “entender a realidade” e não ficar alheio a ela, exige a “convicção de que a mudança é possível”.

Como vimos, ensinar não parece tarefa fácil, mas “se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Por isso mesmo, ensinar exige “segurança, competência profissional e generosidade”, exige “compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo”, exige “liberdade e autoridade”, exige “tomada consciente de decisões” e, também, “saber escutar”. Ensinar igualmente exige “disponibilidade ao diálogo” e o reconhecimento de que a educação é “ideológica”.

Por fim, a educar exige “querer bem aos educandos”, sem os quais não existiria sequer o professor. Destarte, como ser político, emotivo, pensante não pode ser imparcial em suas atitudes, o professor deve sempre mostrar o que pensa, de forma alegre e com esperaça, apontando diferentes caminhos, evitando conclusões precipitadas, para que o discente procure o qual acredita, com suas explicações, se responsabilizando pelas conseqüências e construindo assim sua autonomia. Por isso mesmo, “ninguém é sujeito da autonomia de ninguém”.

O livro de Paulo Freire preconiza, por fim, que é de fundamental importância no processo de docência a motivação e a busca não apenas do conhecimento teórico e prático, por intermédio da formação e da capacitação, mas também de se firmar cada vez mais a relação docente-discente, pois este é o pilar para a formação e educação crítica dos cidadãos.


FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. 36ª Edição. São Paulo: Paz e Terra, 2007.

segunda-feira, 31 de março de 2008

"A escolha de um blog."

Difícil tarefa esta de escolher um blog apenas dentre tantos que me agradaram.
Por isto mesmo, destaco três blog´s que, por diferentes razões, atraíram minha atenção. Escolhi os Blog´s de Janaina, Fred e Ivan. O de Janaina pelo layout (tirando o cor de rosa, rsss) e a forma de disposição. Os dos demais (Fred e Ivan), por sua vez, pelas matérias publicadas, que achei muito interessantes.

Att.,

C. Machado

quinta-feira, 27 de março de 2008

SÍNTESE DE TEXTO - TRABALHO EM GRUPO

SÍNTESE DO TEXTO “CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO: ALGUMAS REFERÊNCIAS”
(Leila G. I. Grassi)

O texto de Leila G. I. Grassi oscila entre referências tradicionalistas e progressistas, ao abordar as tendências de construção do conhecimento humano.
Inicia ratificando que o docente, ao longo dos anos, tem se colocado perante seus discentes como “dono do saber”. Ao analisar a relação atual entre professor e aluno, aponta seu caráter essencialmente narrativo. É o que se conhece por concepção cumulativa da educação ou “concepção bancária”.
Na busca de uma nova relação em sala de aula, a Autora coloca o professor como agente mais experiente e sistemático que tem capacidade de devolver ao aprendiz, de modo organizado, as informações do objeto do conhecimento, não se esquecendo da experiência que o aluno possui, de sua historicidade. Em meio a esse contexto, cabe ao professor educar-se continuamente para provocar o gosto para descobrir e testar, estimulando-o a sentir prazer em criar, tornando-o um sujeito questionador, crítico, ser pensante e produtivo capaz de mudar a realidade em que vive.
Para que haja a construção do conhecimento, propõe a Autora uma visão metodológica que supera a simples exposição e que se divide em três pontos principais:

· mobilização para o conhecimento - o trabalho do educador é seduzir o aluno para que ele aprenda. O docente deve ter o domínio do conteúdo e demonstrar seu interesse, a sua paixão pelo objeto de estudo a ponto de mobilizar o grupo de alunos;
· construção do conhecimento - para a elaboração efetiva do conhecimento deve-se permitir ao aluno confrontar-se com o objeto, levando-o a se inteirar completamente do mesmo, para haver a compreensão do essencial. Dessa forma, todo processo de ensino deve partir dos seguintes pontos: problematização, instrumentalização, mudança de atitudes e prática social.
· elaboração e expressão da síntese do conhecimento - o educando constrói o seu conhecimento da síncrese para a síntese, mediadas pela análise, rompendo com idéias pré-concebidas.

Destarte, conforme preceitua a Autora, para que haja efetivamente aprendizagem é necessário que o sujeito queira aprender, sinta necessidade, tenha estrutura de assimilação para aquele objeto e conhecimento prévio.
Diante dessa nova concepção, Leila G. I. Grassi defende a idéia de que o docente abandone a postura de “transmissor de conhecimentos” e o aluno de “receptor-passivo” de conteúdos, construindo um conhecimento diário e duradouro, em um ambiente democrático, crítico e produtivo, onde o discente é estimulado a interagir, dialogar, analisar, sintetizar, de forma que “a educação passe a ser um processo de descobertas e buscas que não tem fim”.


Componentes do Grupo:

Ana Paula Giglio
Antonio Sérgio Coutinho da Silva
Carlos Antonio Silva Machado
Sandra Maria de Lacerda Miranda
Nelson Silva

domingo, 23 de março de 2008

“O Sorriso de Monalisa”.

RELATÓRIO/SÍNTESE DO FILME “O SORRISO DE MONALISA”.
(Direção de Mike Newell)
1. PRELÚDIO.

Inicialmente, gostaria de registrar que a atividade desenvolvida, por si só, já representa, a meu ver, um grande avanço no processo de aprendizagem, pois aguça a curiosidade do aluno e o estimula a ser mais perceptivo quanto ao tema e conteúdo do que vai ser ministrado.
Por isso mesmo, acredito que a compreensão das duas tendências pedagógicas estudadas ficou muito mais nítida com a apresentação do filme “O Sorriso de Monalisa”.


2. QUANTO AO ALUNO.

No contexto do filme, como regra, os alunos refletem o perfil da sociedade local, região conhecida como New England (Norte dos EUA), formada geralmente por famílias tradicionais e elitizadas, com valores dogmáticos que pouco poderiam ser questionados.
Assim, o papel da mulher, naquela conjuntura regional e histórica, limitava-se basicamente a ser uma dona de casa e/ou boa esposa. Como conseqüência, muito embora as alunas tivessem um potencial a ser lapidado, quase a totalidade delas ansiava mais um marido do que uma profissão.
Exatamente por isso, ressalte-se, é que num primeiro momento houve um embate entre as alunas e a professora Watson, tendo aquelas uma certa resistência em aceitar a docente.


3. QUANTO AO PROFESSOR.

A personagem da Professora Katharine Watson, vivenciada no filme pela atriz Julia Roberts, deixa evidente uma necessidade de mudança, um nítido interesse de quebrar alguns paradigmas da época e daquela Instituição de Ensino.
Vinda de Los Angeles, Califórnia (EUA), a Professora Watson teve uma formação distinta da ensinada no Wellesley College, muito provavelmente porque veio de uma região menos conservadora e aberta às inovações. Portanto, fácil perceber na professora uma tendência progressista de ensino.

4. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO.

Quanto às concepções pedagógicas, acredito que o filme soube traçar muito bem um paralelo entre a tendência tradicionalista e a progressista. A primeira, caracterizada pela própria Instituição (Wellesley College), tida como conservadora na forma de ensino. A concepção progressista, por sua vez, personificada pela Professora Watson, que tentou inovar no processo de aprendizagem, inclusive levando obras de arte para serem analisadas pelas alunas, além de ministrar algumas das aulas fora do próprio Colégio.

5. MOMENTOS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM
MAIS SIGNIFICATIVOS.

O início do filme é marcante por si só, pois demonstra o desafio enfrentado pela Professora Watson e sua criatividade para superá-lo.
A forma com que “seduziu” Joan Brandwyn (vivenciada no filme pela atriz Julia Stiles) a buscar o conhecimento, dando-lhe oportunidade, inclusive, de fazer nova avaliação.
Quando a Professora Watson tirou as alunas da sala de aula e lhes mostrou o que era arte de verdade, despertando a curiosidade das discentes quanto ao conteúdo da disciplina.
Quando a Professora Watson percebeu que estava cometendo o mesmo erro que tanto combatia, pois chegou à conclusão de que Joan tinha o direito de fazer escolhas, inclusive a de não cursar uma Universidade e se tornar simplesmente uma dona de casa.
Quando a Professora Watson teve o reconhecimento de quem mais a criticava, oportunidade em que a aluna Betty Warren (vivenciada no filme pela atriz Kirsten Dunst) escreveu um artigo no jornal do colégio homenageando a docente.
Como conseqüência de todas aquelas inovações, que foram produtivas para as alunas, o curso de História das Artes passou a ter uma procura que jamais houvera naquela Instituição.

6. FAMÍLIA DO ALUNO E DIREÇÃO DA ESCOLA.

Não se pode olvidar a realidade cultural da sociedade em que viviam aquelas pessoas, muito menos o aspecto temporal, haja vista que a trama se passa entre os anos de 1953 e 1954 e, por outro lado, o Wellesley College situa-se na região conhecida por New England, que engloba alguns Estados situados no norte dos Estados Unidos da América, conhecidamente conservadores.
Como conseqüência do que foi exposto acima, a direção da escola tinha uma estrutura totalmente pautada no tradicionalismo, que, em verdade, podia ser traduzido num conservadorismo extremado. A família das alunas, como não poderia deixar de ser, segue o mesmo formato.

7. A CONTRIBUIÇÃO DO FILME PARA A PRÁTICA
DOCENTE DO ENSINO SUPERIOR.

A meu ver, o filme contribuiu no sentido de demonstrar que não há dogmas no processo de aprendizagem, nem se pode ser absolutamente tradicionalista e nem se pode ser totalmente progressista. A trama revela, também, que as mudanças no processo de ensino são necessariamente lentas, sendo ingenuidade achar que estas transformações podem ser realizadas “a toque de caixa”.
A personagem Professora Watson, por outro lado, trouxe também várias contribuições. Para mim, a maioria delas de como não proceder, uma vez que errou quando se envolveu demais com as alunas e permitiu a interferência destas em sua intimidade, pecou quando teve a pretensão de achar que era a “dona da verdade”, não percebendo que estava impondo a sua própria convicção a uma aluna, desrespeitando a historicidade das discentes.
Não posso esquecer, todavia, que também houve acertos pela personagem Professora Watson, dentre os quais destacamos a forma com que a docente foi criativa a ponto de despertar a curiosidade das alunas na busca do conhecimento, o que é motivador e digno de aplausos.

quinta-feira, 13 de março de 2008

"Minha 'Visita' ao Site do MEC"...

Como parte dos trabalhos desenvolvidos na disciplina Didática do Ensino Superior junto ao ICAT/DF, ministrado pela Profª Elizabeth, na aula de 10/03/2008 fomos incumbidos a visitar o site do MEC (Ministério da Educação) e escrevermos sobre o que nos “vimos” neste portal.

E é isto que agora me proponho a fazer.

Bem, muito embora eu já tivesse acessado o portal do MEC em outras oportunidades, em todas estas ocasiões as “visitas” foram com propósitos muito específicos e, por isto mesmo, efêmeras.

Dessa vez, pude ser mais “curioso”, acessando a maioria dos “link´s”. Como conseqüência, muito me agradou a disposição dos conteúdos, das áreas de atuação e o formado do Portal. Igualmente me interessou, dentre as áreas disponibilizadas no site, a de “Educação Superior”, onde pude observar as várias possibilidade de pós-graduação e as respectivas instituições de ensino, inclusive com a “recomendação” de alguns cursos.

Ah, não poderia olvidar que também me chamou a atenção os CEFET´s (centros de educação profissional e tecnológica) e as “olimpíadas” de diversas disciplinas (matemática, português etc.) que são noticiadas no site, bem como o fato de estar acessível a todos que o acessem o “Plano de Desenvolvimento da Educação”.

É isso, um brevíssimo relato de minha “visita” ao site do MEC.

Att.,

C. Machado